Sábado 1° — Ronaldo, Vitor e Gérson — Memorabilia na Bamboletras
| Por Márcio Grings |
Talvez muitos não saibam, mas trabalhar com livros é um ato contínuo de ativismo. Vender livros num país que pouco lê é, sem exagero, um exercício de heroísmo cotidiano. Entre pilhas de páginas, planilhas, dúvidas e convicções, somos movidos pela crença obstinada de que a palavra escrita ainda é um caminho de transformação... e da própria curtição de ler um bom livro!
A partir de constatações como essa, torna-se quase um lugar comum falar da importância das feiras, dos encontros literários, das conversas que reacendem a centelha de cada leitor. Por isso, convido amigos e leitores para um momento especial nesta jornada de quase cinco anos da Editora Memorabília: o lançamento, em Porto Alegre, das três obras que colocamos no mundo em 2025 — A Adaga Espanhola, de Ronaldo Lippold; Histórias escritas com giz — Memórias de um professor, de Vitor Biasoli; e Jazz em Palmeira, de Gérson Werlang. O encontro será neste sábado (1º), às 16h, na Livraria Bamboletras (Av. Venâncio Aires, 113 — Cidade Baixa).
Uma das alegrias dessa aventura editorial é o privilégio de caminhar entre amigos. Ronaldo, Vitor e Gérson são antigos companheiros de estrada, de cafés, churrascos, trocas e conversas em Santa Maria. Lippold foi o protagonista da nossa primeira ousadia editorial, com Meu reino por uma cerveja (2021), livro praticamente esgotado e ainda um dos mais procurados; depois veio O furin japonês (2022), volume de contos que, em sutis ecos narrativos, se entrelaça à nova obra. Biasoli chega a seu terceiro título pela Memorabília — antes vieram Paisagem marinha (2021) e Itália, Café e Trilhos (2022) — reafirmando sua delicadeza e lucidez no trato com a memória e o ofício docente. E Werlang, talvez o mais prolífico entre nós, assina títulos que já se tornaram parte da paisagem da editora: Outros outonos (2022), Rita Lee & Tutti Frutti — Santa Maria, Maio de 1978 (2023), Café — um breve relato do ano da enchente (2023), além da primorosa tradução inédita de Robert Louis Stevenson, Meu Primeiro Livro (2023).
Quase meia década após o primeiro volume, a Memorabília segue fiel a seus princípios: celebrar a criação literária, imprimir e auxiliar os autores em todo o percurso de uma publicação. Cada livro é uma pequena faísca de resistência, uma aposta no poder da imaginação e no vínculo invisível entre autor, editor e leitor. Continuamos acreditando que o livro carrega algo que nenhuma máquina reproduz: o calor humano no corpo da palavra impressa.
Venham todos até a Bamboletras neste sábado. Ronaldo, Vitor, Gérson e Márcio esperam por vocês — se você gosta de livros, sinta-se em casa neste sábado, às 16h, na Bamboletras!

 
.png)




Comentários
Postar um comentário