Review | Juarez Fonseca: Jazz em Palmeira, de Gérson Werlang
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| | Divulgação Memorabilia | |
“JAZZ EM PALMEIRA” TEM AVENTURA, DRAMA, SUSPENSE E ROMANTISMO. LIVRO SERÁ LANÇADO NESTE FINAL DE SEMANA EM PORTO ALEGRE
Leio Gérson Werlang desde o primeiro livro, o extenso (400 páginas) e fantástico “A Música na Obra de Erico Verissimo”, lançado em 2011. Professor nos programas de Pós-Graduação em Música e em Letras da UFSM, o cara tem uma capacidade produtiva e um talento incomuns. Além de professor, ensaísta e romancista, ainda é guitarrista (!): lidera a ótima banda de rock progressivo Poços & Nuvens, de Santa Maria (quatro discos).
No próximo final de semana Werlang estará em Porto Alegre para o lançamento do sétimo livro, o romance “Jazz em Palmeira” (Memorabilia, 2025). Vai ser sábado às 18h na Livraria Bamboletras e domingo às 18h na Feira do Livro. É sobre esse terceiro romance, mesclando aventura, drama, suspense e, claro, romantismo, que quero me estender um pouquinho.
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| Além de Gérson Werlang, Vitor Biasoli e Ronaldo Lippold, todos autores com títulos lançados pela Memorabilia, lançam seus livros na Bamboletras. |
A história começa com o jovem pianista Daniel Spinetta chegando à cidade de Palmeira do Campo, na região central do RS – onde nascera 20 e poucos anos antes e onde seu pai fora gerente do Banco do Brasil. Tinha 8 anos quando ele e o pai se mudaram para o Rio de Janeiro depois da doença fatal da mãe... Formado em Música no Rio, por incentivo do pai agora estava de volta para viver como músico de jazz em Palmeira.
Fazia um caminho inverso: enquanto tantos iam embora para tentar a sorte no Centro do País, ele retornava às origens. Iria morar na velha casa da família, que permanecera aos cuidados de um zelador. Além de alguns móveis, o caminhão da mudança trouxe seu piano. Este objeto, o piano, ou um piano... comandará suas ações.
Assim, Daniel foi conhecendo mais e mais de perto pessoas novas. Esposas (carentes) e filhas de fazendeiros, líderes políticos corruptos e/ou autoritários, os notórios boêmios, os pândegos, as fofoqueiras... Enfim, a vida íntima de uma pequena (mas nem tanto) cidade do interior gaúcho. E assim Gérson Werlang vai inoculando no leitor a ansiedade por saber o que virá na próxima página, e na próxima, e na próxima. Assuntos que pareciam “resolvidos” retornam, a tensão ora aumenta, ora acalma... Com competência, Werlang leva o leitor até os inesperados desfechos. Sim, mais de um.
O final é feliz? Não vou contar!
“Jazz em Palmeira”, 264 páginas, editora Memorabilia | Compre AQUI





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