10 Motivos para não perder os shows de Roger Waters no país

| Divulgação |
| Por Márcio Grings e Lúcio Brancato |

Não que isso seja necessário, mas o Memorabilia, com a litle help do jornalista/ colaborador Lúcio Brancato, resolveu destacar 10 motivos para não perder a nova passagem de Roger Waters pelo Brasil com sua turnê This is Not a DrillTambém podemos encarar os itens elencados como pontos de reflexão sobre a relevância artística do ex-Pink Floyd, um comprovante de que sua música continua atual e necessária. Os shows no país, programados para outubro/ novembro, acontecem no dia 24/10 – Brasília, 28/10 – Rio de Janeiro, 01/11 – Porto AlegreCuritiba – 04/11, Belo Horizonte – 08/11 e São Paulo – 11 e 12/ 11. A apresentação em Porto Alegre está agendada para a Arena do Grêmio, e será o 86º show de uma turnê que cravará 99 aparições em diversas pontas do mundo. A última data marcada no site oficial do músico é no dia 9 de dezembro, em Quito, Equador. 

RESERVE seu lugar na excursão que sai de Santa Maria AQUI 

1 - UM ARTISTA ATENTO AS MAZELAS DO MUNDO

Logo no início do espetáculo somos avisados (pela voz em off do protagonista):

"Senhoras e senhores, por favor, ocupem os seus lugares. O show está prestes a começar. Antes de começar, duas mensagens: primeiro, em consideração aos demais espectadores, por favor desliguem seus celulares! E em segundo lugar, se você é um daqueles fãs que diz 'Eu amo Pink Floyd, mas não suporto a política de Roger, você pode muito bem se retirar para o bar. Obrigado". Ou seja, esse papo de que não se mistura política com música não funciona durante um show de Roger Waters, algo que sempre esteve no script de suas turnês, isso desde a época em que fazia parte do grupo que o tornou famoso. É certo: em algum momento, a tela mostrará algo específico ou o baixista  falará de questões políticas. Um exemplo: o nome de Marielle Franco surge no telão do evento, subtitulada por legendas que afirmam que a vereadora do Rio de Janeiro foi punida com a morte por criticar a ação de policial.    

2 - UM DOS MAIORES ESPETÁCULOS MUSICAIS DO ANO NO BRASIL -

Pela primeira vez em sua carreira, Roger atua num palco montado no formato 360º, como de costume, as projeções usam tecnologia de ponta, com imagens de cair o queixo perfiladas em projetores de 30k. Uma tela de LED de 6k com resolução de 32 Mpixels é utilizada como apoio conceitual do espetáculo. Desse modo, a parafernália visual potencializa as sensações de estar frente a um dos repertórios mais celebrados do rock em todos os tempos. Sabemos, a experiência sensorial e tecnológica nunca pode ser descartada em um show do músico inglês. Não importa o setor do estádio em que você esteja, o som vai bater forte no peito e os telões gigantescos vão aproximar você do palco.  

3 - SENSAÇÃO DE ESTAR ASSISTINDO UM DVD - 

Além de todo o aparato tecnológico, o que realmente importa é o somatório da proficiência técnica com a excelência musical do espetáculo, propondo um repertório assertivo para os fãs e que nos induz a sensação de que estamos assistindo um DVD sendo filmado ao vivo frente aos nossos olhos incrédulos. A prova dessa sensação é que, em maio desse ano, Waters realizou um show na Arena O2 em Praga, e a apresentação transmitida ao vivo para 1.500 salas em mais de 50 países (veja o vídeo no final dessa postagem).  

4 - MENTOR INTELECTUAL DA FASE CLÁSSICA DO PINK FLOYD -

Após o álbum de estreia em 1967, quando Syd Barret foi excluído das fileiras da banda, parte da crítica e público partilhavam da sensação de que o quarteto remanescente não conseguiria manter o fluxo criativo do seu criador, principal vocalista e, até então, principal compositor. E para surpresa de muitos, eis que Roger Waters toma o leme e se torna não apenas um compositor majoritário do Pink Floyd, mas também se consagra como líder conceitual do quarteto. A exemplo disso, as concepções de "The Dark Side of the Moon" (1973), "Animals" (1977) e "The Wall" (1979), álbuns absolutos em sua plástica floydiana, saíram direto da mente de Roger. É claro, se David Gilmour é a voz por trás de grande parte das canções, Waters é o cérebro da banda. Nos perdoem os gilmouristas, somos wateristas convictos! 


5 - CHANCE DE OUVIR HITS DE UM DOS GRUPOS MAIS AMADOS DA HISTÓRIA DO ROCK -

E são quatro ou cinco discos do Pink Floyd que ganham destaque no This is Not a Drill, entre eles estão "The Dark Side of The Moon" (1973), "Wish You Where Here", (1975), "Animals" (1977) e "The Wall" (1979). Ouça o provável setlist AQUI  

6 - TEMAS PODEROSOS DA CARREIRA SOLO -

Fora do Pink Floyd Roger Waters construiu bons discos. No atual show, canções como "The Powers That Be", de "Radio Kaos" (1987), "The Bravery Of Being Out Of Range", de "Amused to Death" (1992) e a ótima "Déjà Vu", de "Is This The Life We Really Want​?" (2017), estão entre as músicas  mais tocadas na atual turnê. Além disso, "The Bar", ainda inédita em gravações, surge em momentos opostos do setlist.   

7 - UM SUPER TIME DE MÚSICOS -  

No grupo base, novamente temos o velho colaborador do Pink Floyd, Jon Carin (piano, teclados, programações, violão, marxófono e vocais); David Kilminster (Keith Emersom e John Wetton) - toca guitarra e baixo; Guy Seyffert (Black Keys, Norah Jones) - colabora na guitarra, baixo e vocais; outra presença importante, Jonathan Wilson (Robbie Robertson, Crosby, Stills & Nash) - assume guitarra, baixo, acordeon e faz vocais principais em dois temas. Completam o time, Robert Walter – Hammond B3 e teclados;  Seamus Blake - saxofone e clarinete; Joey Waronker (Beck, R.EM) - bateria; Amanda Belair - vocais de apoio e percussão e Shanay Johnson (vocais de apoio e percussão). 

8 - AINDA HÁ INGRESSOS À VENDA - 

Em algumas cidades ainda há ingressos à venda (com alguns setores e modalidades esgotados). Garanta seu tíquete AQUI  Abaixo mapa de público na Arena do Grêmio. 


9 - LOCAL DO EVENTO -

Inicialmente programado para acontecer no Beira-Rio, o show de Roger Waters em Porto Alegre foi deslocado para a Arena do Grêmio (já pensou se fosse a Fiergs?). Em dezembro de 2015, David Gilmour, seu ex-parceiro de banda, disse em sua página oficial no Facebook: “A Arena do Grêmio é uma das joias de Porto Alegre”. Ao lado do Beira-Rio, os dois estádios da capital são referências não apenas no Brasil, pois no caso da Arena, não há dúvida que temos um local com pré-requisitos para consagrar um evento do porte da This is Not a Drill (afora problemas de mobilidade próximo ao estádio). Além do ex-Pink Floyd, já passaram pelo local Iron Maiden, Kiss, Pearl Jam, Coldplay, Katy Perry, entre outros. 

10 - ÚLTIMA TURNÊ? -

Depois você vai ler o review do espetáculo, ouvir os comentários dos amigos, ver a repercussão na internet e pode se perguntar: “Por que não fui ao show?”. Eu não tenho a mínima ideia. Se realmente a This is Not a Drill será a última turnê de Roger Waters não sabemos, mas certamente o músico inglês não retornará ao país nesse formato de espetáculo. Como perder? 

Comentários