Imembuí Jazz no Theatro Treze de Maio

Divulgação

Por Márcio Grings

Nascido norte-americano e deflagrado por um caldeirão de influências, o jazz é um gênero musical que nunca encontrou fronteiras. E se formos falar em jazz direto deste lugar aparentemente esquecido pelo Criador no Sul do Sul do mundo, mais propriamente em Santa Maria, Rio Grande do Sul, nunca esqueçam de dizer o nome de Fabiano Ribeiro. O guitarrista é o idealizador do projeto Imembuí Jazz, espetáculo que ocorre no próximo sábado, às 20h, no Theatro Treze de Maio.  

O santa-mariense é bacharel em composição pela UFSM, onde também cursou violão erudito. É professor, arranjador, multi-instrumentista e diretor musical. É com base nesse lastro que Fabiano Ribeiro (guitarra), Danilo Fernandes (bateria), Diego Zanini (teclado) e Gabriel Opitz (baixo), se permitem fazer um jazz contemporâneo que busca elementos daqui, afora incursões pela música erudita. Além deles, há participações dos músicos Richard Cabral, Adailson Portes, Hélio Valentim, Hermes Leopoldo, Daiane Diniz, Sandro Cartier e Leandro Machado. A produção Executiva conta com Rodrigo Cunha e do próprio Fabiano, com iluminação de Juliet Castaldello e técnica de som a cargo de Rodrigo Cunha. 

O resultado da intenção original de Imembuí Jazz deflagra um produto brasileiro-instrumental e autoral, projeto que ainda se enraíza na mitologia da cidade. De origem incerta, a Lenda de Imembuí conta a história de uma índia nascida às margens do Arroio Taimbé, localizado em uma região denominada Terra da Alegria. Ali viviam pacificamente duas tribos indígenas, os Tapes e os Minuanos. Ameaçados por uma tropa de bandeirantes portugueses que atuavam na demarcação de fronteiras, as tribos realizaram uma emboscada, dizimando os estrangeiros e mantendo apenas dois prisioneiros. Um deles, chamado Rodrigo, chamou a atenção da jovem que, apaixonada, o livrou da morte e com ele se casou. Com o bandeirante, que foi batizado com o nome indígena de Morotin, Imembuí teve um filho, de nome José. Em texto publicado na revista Letra de Hoje, em 2001, o professor Orlando Fonseca observou que o primeiro registro da lenda é uma obra ficcional de autoria do escritor santa-mariense Cezimbra Jaques, publicada no livro Assuntos do Rio Grande, em 1912.

A apresentação tem entrada franca, sendo realizado em formato híbrido, presencial com capacidade reduzida de público (120 lugares) e transmissão via YouTube do Theatro Treze de Maio. Imembuí Jazz é uma iniciativa do Projeto Treze: O Palco da Cultura, com realização da Associação dos Amigos do Theatro Treze de Maio e financiamento da Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria. 

Postagem produzida com informações de Ana Lucia Silva, assessora de imprensa do Theatro Treze de Maio. 

Fabiano Ribeiro, guitarrista e idealizador do projeto Imembuí Jazz









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