20 anos de Bob Dylan no Opinião: entrevista com Eduardo 'Peninha' Bueno
Bob Dylan no Opinião. Foto: Adriana Franciosi |
Nessa semana, o Memorabilia publica matérias especiais sobre a segunda passagem de Bob Dylan por Porto Alegre, apresentação ocorrida em 7 de abril de 1998, e que teve como palco o Opinião Bar (José do Patrocínio, 834). Conversamos com testemunhas oculares do evento, nomes como Eduardo ‘Peninha’ Bueno, Cagê Lisboa, Marcelo Nova e diversos fãs que presenciaram o show e revelam suas lembranças.
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Se existe um fã brasileiro com conhecimento de causa quando o assunto é Bob Dylan, procurem pelo jornalista e escritor gaúcho Eduardo Bueno, o Peninha. Ele contabiliza no seu caderninho setenta e uma apresentações do bardo norte-americano, e não apenas isso: em 1991 seguiu como convidado do próprio Dylan no entourage da então recente "Never Ending Tour". E como integrante no ônibus que transportava a turnê pela Europa, cruzou por países como Itália, Eslovênia, Croácia, Sérvia e Hungria, assistindo shows do cantor norte-americano em várias cidades, entre elas Milão, Bolonha, Liubliana, Zagrev, Belgrado e Budapeste. Durante esse convívio, Bueno pôde perceber conhecidos traços da personalidade do músico: "A aura dele é muito intensa, dramática, impõe algo energético, que nem sempre é bom, mas nunca menos intenso", revela. "Eu vi ele ser um de manhã, um de tarde e outro de noite, parecia outra pessoa, outra energia, outro olhar, outro tom de voz".
Setlist em áudio
Ouça depoimento de Cagê Lisboa
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Se existe um fã brasileiro com conhecimento de causa quando o assunto é Bob Dylan, procurem pelo jornalista e escritor gaúcho Eduardo Bueno, o Peninha. Ele contabiliza no seu caderninho setenta e uma apresentações do bardo norte-americano, e não apenas isso: em 1991 seguiu como convidado do próprio Dylan no entourage da então recente "Never Ending Tour". E como integrante no ônibus que transportava a turnê pela Europa, cruzou por países como Itália, Eslovênia, Croácia, Sérvia e Hungria, assistindo shows do cantor norte-americano em várias cidades, entre elas Milão, Bolonha, Liubliana, Zagrev, Belgrado e Budapeste. Durante esse convívio, Bueno pôde perceber conhecidos traços da personalidade do músico: "A aura dele é muito intensa, dramática, impõe algo energético, que nem sempre é bom, mas nunca menos intenso", revela. "Eu vi ele ser um de manhã, um de tarde e outro de noite, parecia outra pessoa, outra energia, outro olhar, outro tom de voz".
Eduardo Bueno, o Peninha. Foto: reprodução |
Na verdade, o depoimento retrata um panorama de alguns fatos que orbitavam ao redor de pessoas próximas a Dylan na época do show na capital gaúcha, de sua vida na estrada e do relacionamento com a equipe, como também expõe minúcias da relação entre Bueno e integrantes desse staff, além de detalhes de sua proximidade com o próprio artista.
Dylan e Maymudes durante os anos 1960. Foto: reprodução |
Veja vídeo de reportagem da extinta TV COM, únicas imagens captadas na noite do evento. Contém entrevistas com Moacyr Scliar, Vitor Ramil e Marcelo Nova. Quem assina é a repórter Luciana Kraemer. As imagens são do cinegrafista Eduardo Mendes.
Amigo pessoal de Victor Maymudes, tour manager de Dylan desde o início da década de 1960 até 1997, ano em que foi deportado de sua função, Bueno acredita que devido a essa estreita amizade se tornou persona non grata para staff que sucedeu a gestão de Maymudes: "Moramos juntos, tive uma relação muito intensa com Victor, ele era meu amigo. Em virtude dessa relação muito próxima, pude chegar muito perto de Bob Dylan, e assim conversamos algumas vezes. Como eu estava na conta do Victor, quando ele foi defenestrado, eu fiz a opção de permanecer ao lado dele". Victor Maymudes morreu em 2001, aos 65 anos. De todo o modo, um outro amigo, o baixista de Dylan, Tony Garnier, descolou ingressos para o jornalista, e assim Bueno esteve no Opinião acompanhado das filhas e de sua esposa na época.
Se você quiser conferir a todas essas histórias com requintes de detalhes, ouça a entrevista completa no player abaixo.
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Bela história. Mudou meu conceito sobre o Al Santos, que eu supunha uma pessoa simpática por conta de ser a voz que apresenta(va) o Dylan. E aumentou minha admiração pelo Tony.
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