Resenha: Deep Purple "inFinite"

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Por Márcio Grings

Sim, está na boca do povo: depois de anos empilhando álbuns com carimbos similares ou com pinta de apenas cumprir o protocolo e os respectivos contratos com as gravadoras, eis que o Deep Purple, ao mesmo tempo que anuncia seu tour de despedida, novamente lança um disco digno da sua grandeza. "inFinite" tem a marca do som que consagrou o quinteto na primeira metade dos anos 1970. Basta ouvir canções como "Time For Bedlan" e "Hip Boots" para entender essa referência. Os teclados de Don Airey nunca soaram tão viscerais, assim como de costume, Steve Morse engaveta qualquer lembrança de Ritchie Blackmore (se é que isso é possível para os fãs  mais ferrenhos). 

De todo o modo, as músicas já citadas acima e "The Surprising" são novas pérolas no cast de clássicos do Purple; "All I Got Is You" flerta inicialmente com o jazz, entra na onda do metal melódico, para logo depois virar a plataforma ideal para Ian Gillan cantar como nunca!  A grande pisada na bola é a desnecessária regravação de "Roadhouse Blues" do The Doors", uma pálida versão que não acrescenta em nada a riqueza do melhor álbum do Deep Purple desde "Perpendicular" (1996). 

De todo o modo, o fato do Purple incluir cerca de cinco ou seis canções de "inFinite" no atual tour, mostra que a banda sabe que o álbum tem quilate. Interessado em excursão que sai do Norte do RS? Fale com Jamil Khoury

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