Cobertura do show de James Taylor em PoA: com fotos de Fabiano Dallmeyer, leia resenha de Márcio Grings

Foto: Fabiano Dallmeyer

Lembro-me da primeira vez que li “Botar pra quebrar”, poema de Sam Shepard que enaltecia o rock teoricamente mais enérgico e colocava pra baixo o som ‘soft’. “Foda-se James Taylor e todos esses compositores açucarados baladeiros”, tá página 62 de “A Lua do Falcão” (L&PM – 1990). Não é fácil estar eternamente vinculado como um artista ligado apenas ao romantismo e ao viés agridoce do pop. Isso tem um fundo de razão, pois sabemos que o músico norte-americano de 69 anos é um dos grandes nomes do que foi descrito inicialmente pelos críticos como sweet folk, um subgênero ligado a uma sonoridade mais acústica com raízes na música country e no gospel. Mas sua obra é muito mais ampla. Para perceber outras incursões, basta ouvirmos alguns dos álbuns de Taylor compreendidos num amplo espaçamento de tempo, assim você irá perceber que o trânsito de suas composições vai muito além de qualquer rotulação. Bom, caso você tenha assistido ao show passou por Porto Alegre nesta terça-feira (4)... Esse equívoco pôde ser reparado.  

Às 19h50, James Taylor e banda sobem ao palco montado no Beira-Rio em forma de Anfiteatro (um dos meus modelos e lugares favoritos para ver grandes espetáculos na Capital gaúcha). Naquele momento, em torno de 20 mil pessoas ouvem o pontapé inicial com “Wandering”, uma das músicas/letras que definem suas ambições poético/musicais. Pelos shows anteriores em Curitiba e Rio, já ficamos sabendo que Jaiminho fraturou o dedo, e assim, de forma inédita em sua carreira, se apresenta sem violão.


Setlist

"Wandering"
"Everyday"
"Walking Man"
"Today, Today, Today”
“Country Road”
“Don’t Let Be Lonely Tonight”
“Only a Dream in Rio”
“Carolina on My Mind"
“First Day in May”
“Handy Man”
“Your Smiling Face”
“You’ve Got a Friend”
“Shower The People”
“Fire & Rain”
“Steamroller”
“Mexico”
“How Sweet It Is To Be Loves by You)"

Bis

“Shed a Little Light”

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