VIOLÊNCIA E ESPIRITUALIDADE NO EMOCIONANTE “O REGRESSO”
Tomando por base as
aparições bissextas no cinema norte-americano, o faroeste é um gênero que
muitas vezes se faz de morto. Basta relembrar o imenso número de produções realizadas
durante as décadas de 1950, 60 e 70 (sem pensar muito, dá pra citar uma penca
de bons filmes), e a consequente escassez nas décadas posteriores. Escassez principalmente de bons filmes. Porém, esporadicamente algum
cineasta se aventura a ressuscitar essa modalidade cinematográfica que ainda encontra um público fiel. Eu me incluo nessa turma. No entanto, raramente novos faroestes obtém êxito de crítica e público.
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Além disso, o filme ainda confere
a quinta indicação para Leonardo DiCaprio. Assisti “O Regresso” no último sábado
(6), em Santa Maria, na Sala 2 de cinema no Royal Plaza Shopping, praticamente
lotada. O longa é baseado na história real do explorador e caçador Hugh Glass,
figura lendária do Oeste selvagem estadunidense, e região onde viveu na
primeira metade do século 19. Em 1971, o diretor Richard Sarafian (Corrida
Contra o Destino) filmou “Fúria Selvagem”, um bom filme com Richard Harris (Um
Homem Chamado Cavalo) também inspirado em episódios da vida de Glass.
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O verdadeiro Hugh Glass (esquerda) e DiCaprio. Divulgação |
Filmado apenas
utilizando luz natural, um trabalho estupendo do diretor de fotografia mexicano
Emmanuel Lubezki (Birdman, Gravidade), as locações tem como pano de fundo as geladas montanhas
canadenses de Calgary, exceto a cena final filmada na Patagônia (Argentina), em
Ushuaia, a 3 mil quilômetros ao sul de Buenos Aires. A mudança de hemisfério se
deu pelo fim do inverno na América do Norte, quando Iñárritu precisou deslocar toda sua equipe para o sul do continente.
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O coração da história
aparece na relação de Glass com seu filho, fruto de uma relação com uma índia
da tribo Pawnee. John Glass é atacado por um urso, e pouco tempo depois, em
condições precárias de saúde, é abandonado por seus companheiros de viagem, em
especial pelo seu principal algoz, John Fitzgerald (Tom Hardy).
Uma história que versa sobre quesitos de sobrevivência e vingança, com o personagem de Glass remontando a lembrança de
outros lendários heróis da grande tela, como o Tenente John Dunbar, de “Dança
Com Lobos” (1990) e Chuck Noland em “Náufrago” (2001).
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Em sua jornada de vingança, violência e espiritualidade andam de mãos dadas, fazendo de “O Regresso”, um filme que facilmente pode ser perfilado ao lado de diversos clássicos do gênero.
Além de DiCaprio e o
diretor Iñárritu, “O Regresso" ainda concorre em mais 10 categorias: Melhor
Filme; Ator Coadjuvante (Tom Hardy);
Figurino; Maquiagem; Fotografia; Edição; Efeitos Visuais; Edição de Som;
Mixagem de Som e Produção de Arte.
Veja o trailer.
Veja o trailer.
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