MOONLIGHT MILE: FALTAM 34 DIAS PARA VER OS ROLLING STONES EM PORTO ALEGRE
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No dia em que Keith Richards não apareceu no estúdio,
Mick Taylor resolveu a parada e gravou sozinho as guitarras em “Moonlight
Mile”, uma das minhas canções favoritas dos Rolling Stones, e tema que fecha o álbum “Sticky Fingers”
(1971). "A única coisa que não
tenho nada a ver [nesse disco] é em ‘Moonlight Mile’, pois não estava lá quando
a gravaram", disse Keith em uma entrevista.
Conhecido pelas colaborações em trabalhos de Elton
John, Miles Davis e David Bowie, Paul Buckmaster é o responsável pelo belíssimo arranjo de
cordas. Quem sugeriu essa incursão orquestrada no tema foi Mick Taylor.
“Moolight Mile” aponta para a busca por um tipo de transcendência espiritual – uma saída da vida mundana e autoabusiva dos Stones. É também uma canção chave que de certa forma aponta
para o álbum seguinte (Exile On main Street), aperfeiçoando o tema de estar no
lugar mais sombrio e inimaginável em busca de um facho de luz. Falando em
luminosidade, a luz dos faróis de uma perua teria inspirado Mick Jagger.
Gravada em outubro de 1970, em Stargrooves, na casa
de Mick, no eficiente estúdio móvel dos Rolling Stones, mesmo com a ausência de Richards, os outros membros do grupo tocaram o barco normalmente. Mick toca violão, e o trompetista Jim Price colabora ao piano.
Taylor reclamou coautoria não creditada. O que dá pra dizer é todas essas
peculiaridades resultaram numa das canções mais interessantes dos Stones.
CLÁSSICO. “Moonlight Mile” ainda inspirou o
título de um filme de 2002, dirigido por Brad Silberling e foi tema do episódio
final da sexta temporada da série da HBO “Os Sopranos”.
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