Bob Dylan = Desolation Row
Minha homenagem a um dos melhores de todos os tempos: Bob
Dylan.
Como uma cantilena do Velho Testamento, a canção "Desolation Row" descreve uma visão apocalíptica que retumba como uma profecia: a não ser que renunciemos ao materialismo, este será o nosso futuro. Sonho e destruição. Todos se encontram no “Corredor da Desolação” - Cinderela,
Corcunda de Notre-Dame, Bette Davis, Romeo, o Bom Samaritano, uma Cartomante,
Ofélia, Einstein, Dr. Sujeira, Fantasma da Ópera, Casanova, Ezra Pound, T.S.
Elliot, entre outros personagens. Com que seu bairro se parece depois do temporal?
Essa saga épica de 11 minutos encerra
o lado B do histórico álbum “Highway 61 Revisited”, de 1965.
Um exemplo da sagacidade do autor, você pode conferir no trecho final da canção (tradução de Téo Lorent).
“Sim, eu recebi sua carta ontem / (bem na hora que a
maçaneta da porta quebrou) / Quando você me perguntou como eu estava indo / O
que era isso, um piada? / Todas essas pessoas que você mencionou / É, eu
conheço, são bastante fracas / Eu tive de refazer rostos / E dar outro nome a
todas elas / Neste instante, não consigo ler muito bem / Não me mande mais cartas,
não / A não ser que você as envie do Corredor da Desolação”.
Dylan ao vivo em Liverpool (1966).
Dylan ao vivo em Liverpool (1966).
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