Histórias em neon
Márcio Grings comemora uma década de seu primeiro livro com o lançamento
de ‘Drive-in’
Por Marilice Daronco (publicado no DSM edição de quinta-feira 09/05/13).
Ler Drive-in, livro que Márcio Grings – colunista
do Diário 2, locutor da Rádio Gaúcha e colaborador do site da Itapema FM –
lança hoje, às 18h, na Feira do Livro de Santa Maria, exige certo ritual.
Primeiro, reserve um tempo para a obra. Afinal, assim que ler o primeiro
ensaio, você terá vontade de devorar a crônica ou conto seguinte, num ciclo que
só terminará após folhear as 64 páginas da obra quando, provavelmente, pensará:
“ah, já acabou?”. Escolha uma música – Bob Dylan, Rolling Stones, Beatles e Neil
Young são boas pedidas – e coloque para tocar (de preferência em vinil).
Depois, basta se entregar à leitura permeada de poesia, cinema e música.
Drive-in é o quinto livro de Grings, que também é músico das bandas Jack of Hearts e Harvest Moon. A obra saiu
ontem da gráfica, com aquele cheirinho irresistível de livro novo e, também,
deixando o aroma de comemoração no ar. Não é para menos. Afinal, ele comemora
os 10 anos do lançamento do primeiro livro do autor: Saindo da Linha (poesia,
2002). Depois, vieram Rock & Roll (conto e poesia, 2004), Vivendo à Sombra
dos Gigantes (ensaios, 2006), Clube dos Descontentes (crônicas, 2009) e a
coletânea de autores locais Santa Invasão Poética (poesia, 2003).
O livro é uma mistura de textos que foram escritos logo após a publicação de Clube dos Descontentes, com outros mais recentes – a última crônica ficou pronta há um mês. Grings também reescreveu dois textos de Santa Invasão Poética: Até Chegar A Tua Porta e Coisas Como Elas São.
O livro é uma mistura de textos que foram escritos logo após a publicação de Clube dos Descontentes, com outros mais recentes – a última crônica ficou pronta há um mês. Grings também reescreveu dois textos de Santa Invasão Poética: Até Chegar A Tua Porta e Coisas Como Elas São.
As referências permanecem
Para Grings, Drive-in mantém a proximidade com as obras de 2004 e 2009 porque
dá continuidade à fórmula de misturar poesia, conto e crônica. O que deixa
clara a influência que autor traz do escritor, dramaturgo, cineasta e escritor
norte-americano Sam Shepard, autor de livros como A Lua do Falcão e Crônicas de
Motel.
– A poesia pode não estar apresentada de forma direta, em versos, mas eu caio
nela – explica Grings.
O leitor perceberá que as 28 histórias são atemporais e funcionam como recortes
de um todo, sem ter necessariamente um desfecho. Grings admite ser fascinado por neon e por drive-in – cinemas em que o público
assiste a projeções dentro dos carros.
– Santa Maria também teve um drive-in. Lembro de, ainda criança, passar por ele
e ficar olhando para o telão com as cenas sendo projetadas – conta Grings.
Mal o quinto livro saiu e o autor já planeja o próximo. Até o fim do ano,
Grings pretende lançar uma obra com as crônicas publicadas no Diário:
– Tenho conseguido manter um ritmo de publicação, e isso é algo que me alegra
bastante.
No vídeo abaixo, página 47 do livro: A vida de cada um".
No vídeo abaixo, página 47 do livro: A vida de cada um".
Comentários
Postar um comentário