A véspera

Você entregaria suas crianças a esse barbudo?


Um casal bêbado com uma criança no colo. Um bando de fodidos perdedores zanzando de bar em bar. Sol gerando suor & o calor segue competindo com a neve fictícia dos arranjos natalinos. O Astro Rei ganhou. Casa suja a minha espera. Compro um desinfetante no bar da esquina & duas pilhas pro controle remoto do DVD. Minha cabeça continua dando voltas. Baixei o novo do Levon Helm & cada vez mais me convenço que as novas figurinhas do pop ‘tão com nada! Fico disparado com os velhotes. Estou convencido: o fone de ouvidos é uma das grandes invenções do homem. É minha cápsula ‘anti-doidêra’. Estou lendo quatro ou cinco livros ao mesmo tempo & a coisa ‘tá rolando.


Todo dia chove, as horas passam voando, a cada segundo a ampulheta engole um grão de areia. Quando as crianças dominarem o mundo quem sabe Deus reveja sua vingança contra a humanidade. Ainda não saquei a piada do espírito de Natal & nunca gostei da cara do Papai Noel. Esse velhote não me inspira confiança. Ele e aquela cara de velho safado. Prefiro o coelhinho da páscoa. Gosto dos bichos. Não gosto de gente.

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