Esmagado pelo rinoceronte


Poucas vezes, Elmo, ficara tão triste. Ficou acuado com aquela despedida. Ela, ao contrário, parecia feliz, rindo enquanto ele perdia a órbita. Sem saber o que fazer, aquele homem também não tinha a mínima idéia do que dizer. Ela, nem ao menos o convidou pra entrar. Ficou assistindo a porta do elevador abrindo & fechando. Ouviu as engrenagens da máquina se exercitando. Resolveu entrar. Ele apertou o botão & caiu como um foguete... Despencou como um ignóbil farelo lá de cima.

l

O mais estranho, é que, Elmo, nunca havia se sentido estranho ao lado de Mona. Mas nesse episódio, houve sim, estranheza por parte dela. A última vez que a viu, houve mágica novamente. Encantamento, a certeza de ainda existir algo forte. Doce, amargo. A primeira vista... Parece ser o fim. A segunda coisa que fez foi desaparecer. A terceira, desligar o celular. A quarta, pegar a estrada. Quando retornou, sentiu prazer em perceber o corpo se curvando em frente ao PC. De tanto escrever qualquer coisa, quase ficou louco. Queria mandar ao quinto dos infernos essa coisa doida que espremia seu peito.

Ele foi presa fácil. Tão frágil quanto uma fruta madura esmagada pela pata de um rinoceronte. Quebrou em mil pedaços no sábado. Voltou à vida no domingo. Começou a semana muito menor do que já foi.


Comentários

Postar um comentário