Resenha: P.P. Arnold “The Turning Tide”



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Por Márcio Grings

Imagine a alegria de desencavar um tesouro guardado por meio século? Essa é a sensação que temos ao ouvir o ‘álbum perdido’ da cantora de soul norte-americana (e ex-Ikette, vocalista de apoio da banda de Ike Turner) P.P. Arnold, que hoje, aos 71 anos, ainda está na ativa. Assim, “The Turning Tide” foi lançado em outubro passado, 50 anos após as sessões produzidas por Eric Clapton e Barry Gibb (BeeGees). Ao finalizar as gravações, Robert Stigwood, empresário dos Bee Gees e do Cream (morto em 2016), não gostou do resultado das captações e arquivou o projeto (como assim!?). 

Gravado em Londres, em sessões e anos diferentes, com parte da banda base que logo seria conhecida como Derek and The Dominos, a impressão é que estamos ouvindo um clássico após o outro, ao estilo das produções similares de Phil Spector com apoio da Wrecking Crew.  Ao longo dos anos, Arnold também colaborou com Small Faces, Humble Pie, Nick Drake, excursionou com os Stones, Eric Clapton, Roger Waters, atuando como coadjuvante de luxo. Quanto ao projeto batizado de “Turning Tide”, depois de anos de disputas legais, a atual manager de P.P. Arnold, Sally Cradock, e o veterano da indústria, Bill Levenson, ajudaram a liberar os direitos de publicação. Charles Rees (Paul Weller), mixou as canções.  Das treze faixas, arrebatamento ao ouvir temas como “Medicated Goo” , “Born”, “High and Windy Mountain”, “You’ve Made Me So Very Happy”, só pra citar algumas, além do perfeito clímax  com "You Can't Always Get What You Want", hit dos Rolling Stones.  

Ouça na íntergra.

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