Terça-feira na Capital: 10 Motivos para não perder a dobradinha Elton John/James Taylor

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A essa altura do campeonato, sabemos que esse post pode soar desnecessário. Talvez não... Contudo, sempre é hora pra meter uma pilha no leitor que ainda não se decidiu. Eis 10 motivos racionalizados pelo Memorabilia para você não perder as apresentações de Elton John e James Taylor nesta terça-feira (04), no Beira-Rio em Porto Alegre.

01 DOBRADINHA SÓ NO AMÉRICA DO SUL

Sim, esse é o famoso 2 em 1 ou pague 1 e leve 2. Chance de ver no nosso quintal o tour “Wonderful Crazy Night” com Elton e banda completa, mais show de abertura com James Taylor “In Concert” com All Star Band. E pra quem ainda não se deu conta, essa dobradinha só acontece aqui na América do Sul, com apresentações no Brasil, Argentina e Chile. Após o show do dia 10 de abril, em Santiago, James volta a circular pelos Estados Unidos, quando toca na costa leste em Wilkesboro, Carolina do Norte, e Elton parte para a Costa Oeste, onde se apresenta em Las Vegas.

02 SWEET BABY JAMES

James Taylor, músico norte-americano com 69 anos, é um dos grandes nomes do que foi rotulado inicialmente pelos críticos como sweet beat folk, um subgênero ligado a uma sonoridade mais acústica com raízes na música country e no gospel. Mas sua música é muito mais ampla, para perceber outras incursões, basta ouvir alguns de seus álbuns com um bom espaçamento de tempo. Comece por “Gorilla” (1975), conheça “Hourglass” (1997), e não deixe de zapear por  “Before This World” (2015), seu último trabalho de inéditas. Assim você irá perceber que o trânsito de suas composições vai muito além de qualquer rótulo. Além disso, James Taylor tem uma ligação afetiva com o país, quando seu show de 1985 no primeiro Rock in Rio, passou a ser uma das viradas de chave da sua carreira, logo após seu divórcio com a cantora Carly Simon. Em homenagem ao Rio e ao Brasil, o cantor compôs “Only Dream in Rio”, música que deve passar pelo setlist da apresentação.  

03 SIR ELTON JOHN

Esse senhor que acaba de completar 70 anos, é simplesmente um dos maiores artistas do nosso tempo. Como escrevi em sua primeira passagem em 2013 “é como se fosse um Pelé da música pop”. Com mais de 300 milhões de discos vendidos, em quase 50 anos de carreira, esse baixinho talentoso construiu uma escadaria gigantesca de clássicos que circularam e ainda vão fazer parte da nossa vida e adiante. Na minha opinião, o ouro de sua discografia foi produzido na primeira metade dos anos 1970, prova disso é que que 17 das 21 músicas que tocou em Curitiba, por exemplo, pertencem a esse período. E por mais que a turnê leve o nome de seu último disco, nenhuma música de “Worderful Crazy Night” apareceu no setlist de Curitiba. Prepare-se para não ter tempo de ir ao banheiro ou calibrar o copo de cerveja, é emoção atrás de outra emoção.

Com fotos de Fábio Codevilla, leia a resenha do show de Elton em 5 de Março de 2013 (Estádio do Zequinha) 

04 ALL STAR BAND

Olha, se adjetivarmos como timaço a trupe que acompanha James Taylor no palco do atual tour, ainda é pouco quilate! Confira por onde cada respectivo integrante já atuou: bateria - Steve Gadd (Steely Dan, Eric Clapton e Paul Simon); percussão - Luis Conté (Madonna, Pet Metheny). guitarra - Mike Landau (Michael Jackson, Joni Mitchell, Miles Davis, e até gravou com Rita Lee no álbum “Bem Bom”, de 1983); guitarra - Dean Parks (The Monkees, Elton John, Rod Stewart, BB King); piano - Jimmy Cox (Piano, BB King, Aerosmith, Elton John); sopros e teclados - Walt Fowler (Frank Zappa, James ‘Guitar’ Watson); baixo - Jimmy Johnson (Roger Waters, Ray Charles, Rod Stewart, Stan Getz, Roger Hodgson); sopros - Lou Marini (integrante por sete anos da Saturday Night Live Band, banda do programa de TV homônimo, e lendário por sua participação no filme “Os Irmão Cara-de- Pau” – 1980 - e na banda do longa, a The Blues Brothes Band - ele é o Lou no filme. Também tocou com Stevie Wonder, Eric Claton, Billy Preston); vocal de apoio -  Arnold McCuller (Phil Collins, Bonnie Rait, Beck); vocal de apoio - Kate Markowitz (Graham Nash, Waren Zevon) e vocal de apoio - Andrea Zonn (Alisson Krauss, Keb’ Mo’). Só pra ver essa banda o ingresso já valeria.

05 O TIME DE ELTON

São praticamente os mesmos músicos que passaram pelo RS em 2013. Ao longo dos anos, muitos artistas orbitaram pela sombra de Elton John, um dos mais famosos foi Ray Cooper, percussionista lendário por ‘roubar os shows’ dos seus contratantes. Em 2012, Elton e Cooper fizeram juntos um minitour inédito, apenas os dois (sem banda), e desde então o percussionista anda sumido. No seu lugar, a responsabilidade de brilhar numa posição tão importante para o chefe é do ótimo John Maroon, percussionista que já atuou com o bluesman BB king e com a banda inglesa Three Dog Night. Na guitarra, quem segura a onda é o músico escocês Dave Johnstone, desde 1971 com Elton, quando foi convidado para gravar o álbum “Madman Across The Water”. Nunca mais saiu. Já tocou com John Lennon, Lenny Kravitz, Stevie Nicks, Alice Cooper, Eric Clapton, B. B. King e John Mayer. No baixo, o respeitadíssimo Matt Bissonette, norte-americano advindo de uma família de músicos. Já se apresentou nas bandas de David Lee Roth, Joe Satriani, entre outros nomes. Nos teclados, Kim Bullard, assinante em participações do Nine Inch Nails, Yes e Phil Collins, além de Nigel Olson, o homem que leva a grife de ser baterista de Eltinho desde 1970.

06 SHOWS INDIVIDUAIS

Algo que pode ser frustrante para alguns, é para mim um dos pontos decisivos dessa dobradinha de sucesso. Os shows são individuais, sem participação dos protagonistas nas apresentações um dos outro. O show de James Taylor está programado para começar às 20h, e dura cerca de uma hora. Já Elton inicia seu espetáculo em torno das 21h10, e toca por cerca de 2 horas. Em resumo: cada artista apresenta o melhor de si em cada set, com James fazendo um show mais curto, mas não menos interessante.    

07 NOITE DE OUVIR CLÁSSICOS

James Taylor deve tocar canções como “Fire and Rain, “Wandering”, “Mexico”, “Your Smiling Face”, “Don't Let Me Be Lonely’, “Up On The Roof” e “You've Got a Friend”, entre outros clássicos de sua carreira. Já Elton abre a caixa de ferramentas e nos apresenta pérolas como “Tiny Dancer”, “The Bitch is Back”, “Bennie and The Jets”, “Don’t Let The Sun Go Down on Me”, “Your Song”. Estamos falando da primeira divisão da música pop.

Confira o provável setlist de Elton John
Confira o provável setlist de James Taylor   

08 BEIRA-RIO COMO ANFITEATRO

É o formato perfeito quando pensamos em show num espaço aberto, ainda mais em um estádio de primeiro mundo como o Beira-Rio. Em modelo de Anfiteatro, com o palco no centro do gramado, local tematizado para apenas 25 mil pessoas, é o sonho de qualquer espectador. Tive a chance de ver o Aerosmith em outubro do ano passado (na mesma configuração e ambiente), com isso dá para afirmar: - som de qualidade e boa visibilidade de qualquer local do estádio.

09 AINDA HÁ INGRESSOS À VENDA

Caso você ainda não tenha garantido seu tíquete, apesar de alguns setores já estarem esgotados, ainda há ingressos à venda. Compre pelo LINK

10 ARREPENDIMENTO

É aquela velha história, depois você vê as reportagens na TV,  vê as fotos dos amigos nas redes sociais e as resenhas nos sites e jornais, ouve as impressões dos fãs que assistiram aos shows bem de perto, e se pergunta; “Como eu pude ficar de fora dessa?”. Pois é, não tenho a mínima ideia. Eu estarei lá.

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